sábado, 21 de janeiro de 2012




Você já se perguntou qual a verdadeira razão para as pessoas fazerem um monte de pequenos "ritos" baseados nas coisas que os antigos diziam?
Estou passando uma fase muito interesante da minha vida, estou experimentando o valor de ter o seu próprio canto conhecendo a rotina e diretrizes de algumas famílias que tem me dado abrigo enquanto não conquisto o meu "Lar doce Lar".
A primeira experiência foi com a minha avó, com quem descobri algumas coisas curiosas tipo: Não se deve em hipótese alguma colocar a faca na boca, pois dá pontada no caração, portanto você pode lhe causar uma morte cardíaca. Meu primo nasceu há alguns dias, as uninhas dele estão enormes e cortando seu rosto e machucando a todos que o carregam, mas ele não pode cortar as unhas enquanto não for batizado, pois se o fizer ele será ladrão. Criança não pode comer o coquino da pupunha (fruta regional paraense), vai deixar bexiga solta. Se você quer crescer na vida não deve dormir no chão, pois significa que você quer ficar sempre a margem aceitando o resto ou nada!! Já me despedi do lar da minha cara avó e de suas crenças e costumes que me divertem.
Desde quando descobri este mundo de crendices populares herdadas pelos nossos ancestrais, nas casas em que tenho visitado, passei a conversar com os pais e avós dos meus amigos na busca de colher um pouco mais deste rico e pitoresco acervo folclórico, e descobri coisas do tipo: quando a menina fica moça, as mães costumam enrolar uma toalha bem apertada envolta do tórax ou colocam um colher levemente quente sobre as mamas para que elas não cresçam muito, e, junto a isso a menina deve comer três caroços de cupuaçu para ter somente três dias de menstruação.
Outra coisa que descobri é que não se deve limpar a mesa , seja ela qual for, pegando as migalhas ou qualquer outra sujeira com as mãos  e sim jogar diretamente no chão, pois se você o fizer estará aceitando somente o resto das coisas na sua vida. Também não se deve dormir com os pés para a porta, fazer isso coloca você espiritualmente em risco...
Passar pela casa de amigos, parentes e estranhos tem sido único na minha ainda jovem vida. este tipo de experiência aconselho a qualquer um que queira descobrir o quanto é importante respeitar crenças, culturas, diretrizes e seja lá mais o que for que construa um lar.
Continuo a minha peregrinação para descobrir o que não terei no meu Lar e o que ensinarei aos meus filhos e como farei da minha família o meu lar.
Coloquei estas coisas no blog, não para criticar, mas pra dividir algo que tem me tornado uma pessoa melhor e mais segura do que crer.
Por hora crer que Deus existe e que faz todo esse percurso comigo, me carregando quando não dou conta de seguir andando, tem me bastado, o restante tem somente acrescentado ao meu quadro de histórias,  pitorescos ritos pra contar, afinal, adoro uma história!!!