quinta-feira, 21 de março de 2013

O poder da mudança

Passamos a vida inteira mudando, deixando coisas e nos apropriando delas....
Qual o razão disso tudo? É um processo natural da vida? Ou somos impulsinados fazer isso para não sofrermos com o ostracismo iminete? De onde vem as mudanças? O que elas significam em sua essência?
Tudo com o que sonhei pra mim hoje já não faz mais tanto sentido, apesar disso ainda me causar enquietações....em algum ponto inconsciente desejo ardentemente não mudar e sim mudar para o que eu sempre fui...
Era um belo dia...de paz e felicidade aparente. Era convicta de minhas verdades, de meu trabalho, de minha vida e amores. Foi quando deixei novos sentimentos compartilharem de meus pensamentos e daí passei a me perder. O sonho de ser uma mochileira, ou mais romanticamente: caixeira viajante passou por mim e não tive coragem ou força pra pegar em suas mãos e seguir. Queria que o mundo fosse a minha casa, queria ajudar desconhecidos, aprender novas linguas em seus países de origem, conhecer e cuidar de crianças abandonadas em países de guerra e miséria, abraçar e ouvir idosos que vivem em quartos escuros cheios de dor, abandono e solidão, queria encher meu coração de amor puro e desinterssado, conhecer a vida como realmente a é, esquecer que vivemos realidades paralelas e fantasiosas onde as pessoas fingem que está tudo bem, com suas vidas mesquinhas cheias de marcas de griff, carros do ano, pessoas lindas aparentemente  e "intelectuais", ditas de berço, com suas graduações e especializações que de nada servem senão para expor  uma vaidade exacrável aos olhos de Deus, pois só alimentam uma vaidade voraz de uma alma vazia...
Mudei para um novo vale....parece lindo, mas não sei lidar com este novo lugar, não sei se o quero...a única certeza é que lá também sou eu, mesmo que em partes.Sinto o ar puro deste novo lugar, sinto o orvalhar e a paz e inquietação que nunca se deixam desde que pra cá me mudei...Existe aqui uma linda e longa estrada de terra que some no tempo, aqui o sol não se faz arder na pele, mal se percebe, a brisa é como uma carícia Divina que nos acalma o coração....Olho para a bela e sinistra paisagem que cerca a estrada e dela sinto sair toda a força de alguém que jamais me deixará em paz por decidir mudar para este vale...Eu mesma!!!





quarta-feira, 20 de março de 2013

Os pedacinhos


Bom dia!
A busca por nossa felicidade e satisfação parace ter tempo pra começar e pra terminar...pois depois do término só nos sobra desfrutar. Que tempo seria esse? Que fase da vida seria essa?
Hoje acordei...ou melhor, nem durmi pensando nisso. Tenho buscado incessantemente encontrar uma função onde me sinta realizada, uma função que acredite ser realmente útil pra mim e para as pessoas que serão beneficiadas com o que farei, mas nada me vem a cabeça agora. Quando começo a crer que estou seguindo na direção certa me vejo mergulhada em frustrações, medos e perdas. Resolvo continuar, mas agora já sem aquela habitual força e energia. Agora passo a sentir o peso do tempo e das perdas nas costas. 
Sempre busquei sentido na vida. Nunca entendi por que Deus nos colocou aqui se sofremos. Qual a razão pra não acabar logo com isso? Lutamos dia após dia em nossas "carreiras" de trabalho ilusoriamente bem sucedidas, invertemos valores, sujamos nossas almas, sem perceber, com atitudes pequenas, mas tortuosas e condenáveis, passamos a levar a frente ideias e ideais que na realidade afundam o ser humano e os iguala a seres desprovidos de consciênia e razão e o mínimo de compaixão.
Mudei de casa várias e várias vezes, conheci famílias, pessoas, princípios....pude aprender a respeitar e exigir respeito, mas passei a compreender menos o meu papel aqui, pois a meu ver de mim nada pode ser tirado e aproveitado, pois meu aprendizado é solitário e de nada vale para o ensinamento, pois a cada dia que passa o que sou vai contra o que a humanidade pratica, contra o que ela representa ou é. Todo este sentimento vem embebido de angústia, pois a partir deste conceito não pertenço ou me encaixo a nenhuma "clã", a nenhuma "tribo" e passo a ter cada vez menos paciência com pessoas tolas e vis...até com minhas atitudes de mesmo teor...
Sigo os dias caminhando por esta trilha sem muitas surpresas e maravilhas, mas cheias de sentimentos confusos e gastos, tão gastos que estão aos retalhos. Hoje os guardo como pedacinhos de mim...minha herança, que nunca deixarei no meio do caminho, pois revelam a minha história e não me deixam em momento nenhum esquecer quem eu sou, pelo o que eu luto, no que eu acredito e o que eu não quero pra mim!